sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

AINDA SEREI

Ainda serei
humano brilhante
ainda fumarei charuto
(constante)
com reluzentes humildes,
eu vou reclamar de barriga
(cheia de luz)
eu cheio de riquezas

mil riquezas
mil coisas
mil moedas
mil gotas de ouro
mil mentes de couro.

Eu venderei minhalma
eu esquecerei meus carmas
eu vou reclamar prezo
(na minha sorte)
brincarei com sua morte.

Mil desgrassas
mil coisas
mil lições de não vida
mil reações
(que não pareça humanas).

O meu rosto não é o mesmo
( ele foi deformado de beleza).

O ANTIGO ALUNO

Lá vém ela de novo
sempre atrapalhando minha vida
caindo em cima
(e rindo das minhas feridas)

Complicando meu caminho
abortando,ejaculando um burburinho
talvez burrinho...
um homenzinho perdido.

Viajante passivo e parado
talvez cativo
sozinho e calado.

Mas ela é importante para o narrador
(dessa história)
e ele não entende...
mas embora não pareça
(ele é um danado,
fervente e sofredor perante sua memória)
decorrente...

Complicado desde pequeno
vira o rosto faz muxoxo
prefere ficar no sereno
escolhe o lado mais sustenido da vida.

Ele é cheio de vontade de ficar o dia todo dormindo
( e sonhando),
talvez zunindo
mais meu infante super-ego não deixa.

Os problemas não tem problema
a matéria é material escolar
os números se complicam
e eu não sei o que vai dar.

Ah que saudade da época que meus problemas
( era só com a matemática).

terça-feira, 27 de abril de 2010

NADA NÃO

Eu uso sapato par de um,par de outro, minhas camisetas são todas desgranhentas,
minha calça é surrada ,eu sou um parafuso quadrado ne um buraco redondo.
Que mau tem nisso?
todos os males possíveis se eu não quiser ficar sozinho,do jeito que eu ando meus amigo vão ser cachorros,
minhas namoradas vão ser cadelas ,meus amigos de infância vão ser camundongos pelados e etc e tal.
Eu não vou ter chance de levar minha cadela pra passear,não vou curtir com meus cachorros e nem
reencontrar meus camundongos de infância.
Eu preciso encontrar meu eu capitalista,eu não posso andar todo roto,e como dizia 'zé cabaleiro" ou é
zéca baleiro? sei lá, vamos pra babilon é assim que se escreve? tambem não sei .
Quem é que faz essas perguntas?só sei que não é meu eu capitalista, deve ser meu eu marxista mas eu nem sei quem é karl marx, EU PRECISO DAR MAIS VALOR AOS BENS MATERIAIS.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

EU NÃO SOU ALGUEM

Eu não sou alguem
imagine se eu que estou aqui
não tivece rosto?
minha alma é epilética
imagine se eu que estou aqui
não tivece gosto
minha calma é eclética.

mas eu estou morto
finjindo de morto
para não parecer
(que estou vivo)

eu não posso gritar
eu não sou alguem...

sozinho eu não sou alguem
eu tenho que ser alguem na vida...

meu corpo se meche sozinho
eu não tenho corpo
EU NÃO SOU ALGUÉM
e agora morto?
nossa história foi esquecida.

terça-feira, 6 de abril de 2010

CANINO

Eu estou cansado
de latir
de pranto contido
o mundo segue
com minhas patas sangrando
e vendo tudo em preto e branco
sem brilho
a maquina rege.

Comendo ração estragada
e água suja
com o corpo inerte...

E meu fucinho ja cansado
de se curvar...

eles não andam, nem correm
e as lágrimas meus olhos fartos
engolem.

Gritando dentro
sempre obedecendo
nossos adestradores invisíveis
rolando na lama da obediência cega
sem ter escolhas sensíveis.

As linhas são tortas
as ordens batem ficam retas

como um fio de colera...

por trás do portão ele está dormindo
em sua casinha pensando besteira

liberdade!!!!

BICICLETA

Uma engrenágem
ela até flutua
bicicletinha.

Uma viagem de verde e rosa
eu pequeno,pequenininha...

ja posso andar
pra lá e pra ca
decer a ladeira
eu tirei a rodinha.

Ela era do "power ranger"
quadro, com um cavalo e uma casa
ao fundo,cenário lindo.

musica pagode
embora minha atenção era só para bicicletinha,
eu ia sorrindo

não pode...
na rua não menino teimoso

pode acontecer sua morte.

O LAÇO

Um laço
um espaço
o vento bate em meu corpo
assim pelo acaso
formando seu rosto.

No meio de tudo os olhos
mais lindos
você respira poesia
e eu de amor sorrindo,
sóbria alegria.

Um laço
um compaço,passo
a respiração rápida
um suspiro vasto
arrasto,um susto.eu caço
vem do vento
vem do laço
sigo seus passos.

O que era uma displicência rápida,
se transformou
no amor profundo que eu dedico ati.

Como um laço louco e instável
a me iludir

AMARGO MAGNETISMO

Eu não quero
seguir correndo
eu não quero andar com mãos de conivência
eu quero andar com lirios brancos
no lugar da sua conciência.

Amargo é o seu magnetismo
doce pra muitos
você não me quer...
você me quer para preencher
o seu vazio abarrotado de sinismo curto.

Até seu sinismo é mínimo
nenhum sentimento é furto
furtar seu amor é fácil
dificil é descobrir que ao invés
de ter furtado seu amor
eu furtei seu ódio
ódio disfarçado de amor.

Qualquer movimento brusco
é confundido com loucura...

sua criatura acuada
você não encherga nem a sua própria
ruptura disfarçada.

EU SEI QUE SOU MENOS

Eu sei que sou menos
eu sei que o fardo é grande
será que eu não sou digno nem da sua displicência?
meus trapos são tão expressivos
que seu olhar cru
não olha?
Me vê em preto e branco
encherga uma couraça desengananada e morta.
Você é isnobe...
e encherga uma ignorância
implantada em meu coração mudo.

Eu sei que sou menos
eu sei que o fardo é grande
mas não é maior do que a compreenção humana.

Eu carrego em minha imagem o mau
na essência o amor
no meu olhar desconfiado a inocência
você não consegue ler minha existência.

Meus trapos coloridos
pela falta de cor são só o que eu tenho
a minha imagem foi assimilada ao meu lugar
e eternizada em suas mentes.
Eu sei que nós somo menos
talves não somos nem gente.